segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A MÉDICA E O MONSTRO



Meus amigos, fiquei estarrecido com a notícia que li sobre a médica, em Brasília, que, farta de ter sido assaltada, pendurou seringas na cerca que circunda sua residência, que segundo ela, contém água e sangue infectados com o vírus HIV, além de espalhar pela cerca o material supostamente contaminados. Como se não bastasse, colocou avisos na grade onde informava: “Muro com Sangue. HIV Positivo. Não Ultrapasse.” Questionada, informou que conseguira o “material” no hospital onde trabalha, em Paranoá. Bom, no mínimo ela é desinformada, afinal, pelo que sei sobre o assunto, o vírus HIV tem vida curta quando exposto, no caso da cerca. As seringas foram retiradas por ela à pedido da secretaria de saúde. Mas, o mais importante é a forma que expusera o assunto. Não houve, por parte desta profissional – ao menos o diploma dela a credencia, se o tiver – preocupação com os portadores do vírus, tratando a doença de forma banal, tornando-os uma ameaça à sociedade, o que sabemos não ser a verdade. Hoje, os soropositivos que tomam os remédios conforme orientação médica e cumprem todos os métodos de prevenção vivem normalmente na sociedade. Não podemos corroborar com este tipo de discriminação. É preciso que esta médica, cujo nome não foi divulgado, ao menos no veículo de comunicação onde li, seja punida e obrigada a se retratar publicamente e que as campanhas sejam mais esclarecedoras acerca do assunto. Com a palavra o Conselho Regional de Medicina.

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