sexta-feira, 22 de abril de 2011

MPB - MODERNA POESIA BAIANA (Triste Bahia...)




“Então desce, desce... rebola de mansinho, sobe, sobe segurando o joelhinho...”
Quebradeira


"Com a mão na cabeça
Outra na cintura
Parou no joelho
No contregum, no contregum, no contregum"
Psirico


"E chama ela na chapa chama que ela quer
E chama ela na chapa senta la biriba
E chama ela na chapa chama chama essa mulher"
Parangolé


"Óhh mãe, mostra esse pacote
A diferença só está no conteúdo
Vai..
No chão, no chão, no chão
Mostra ai seu pacotão..."
Saiddy Bamba

“Em cima pau, embaixo pau, na frente pau... de quatro, pau.”
Saiddy Bamba

“Pára de ligar, isso me irrita. Quer me rastrear bote o chip na minha fita... bote o chip na minha fita... bote o chip na minha fita.”
A Bronka

“Cinco horas da manhã, vc quer ligar pro boi... escolha as operadoras: Claro, Vivo, Tim e Oi... oi, oi...ôôôôôôôôôi "
Black Style

"Vai chorar é, vai chorar é... então chore na minha, chore na minha..."
Saiddy Bamba

"Amassa a latinha com a bunda, amassa a latinha com a bunda... senta, senta, senta...senta."
Black Style

“Foge mulher maravilha... foge com supreman, foge mulher maravilha, foge com o superman...”
Levanóiz


“Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?!...”


AVE, CUMPADE...




O pintor, ator, escultor, fotógrafo e meu “cumpade”, Raimundo Carvalho, mostrará ao mundo a sua “Poética do feio”. Está agendada para novembro deste ano, na Filadelfia, Estados Unidos, a The Philadelphia International Art Expo, na October Gallery, sua primeira exposição internacional. Os bons ventos sopraram no meu ouvido que o talentoso amigo estará em Paris, em setembro. Axé, mano véio, depois de tantos anos, enfim, o reconhecimento: você merece ! De  Teofilândia para o mundo !


O ANDARILHO E A ESTRADA

Raimundo, lembrou Drummond,
É nome sonoro e bom
A quem tivesse o profundo
Gosto de virar o mundo,
Andando em vasto caminho.
Não sei se homem sozinho
Mas que fosse viajante,
Tendo o sabor do distante
Preso na língua e no olhar.

Raimundo, se fosse taura,
Mal o dia abrisse a aura,
Encilharia o tordilho,
Ordenando aos que ficassem
Que não fossem, nem chorassem
Impedindo o seu destino
De Raimundo e andarilho.

Diria: “me chamo trilho,
Nasci talhado pros ventos,
O mundo está no meu nome,
Tenho fome de caminhos.
Parado, não sinto o vinho,
Parece que nada passa.
Quero a roda que não cessa
Feito o dia que começa,
Quero dizer a que vim,
Sou Raimundo e vejo o mundo
Inscrito dentro de mim.”

Raimundo, então, sumiria,
Seria um ponto na estrada
E uma lágrima prateada
Sobre os olhos da família.
Seria na mesa grande
Uma cadeira vazia,
Talher e prato sobrando.

Mas pouco a pouco, Raimundo,
No peito de quem chorara
Seria mágoa sarando.
Afinal, quem tem o mundo
Saltando dentro do nome
Tem a grande, infinda fome,
De trocar céu e pousada.

Quem tem nome de Raimundo,
Nasceu para ser estrada.

Juarez Machado de Farias

VIAJANDO NA LITERATURA BRASILEIRA



O Arcadismo




O Arcadismo no Brasil começa no ano de 1768, com dois fatos marcantes: a fundação da Arcádia Ultramarina e a publicação de "Obras", de Cláudio Manuel da Costa. A escola setecentista, por sinal, desenvolve-se até 1808, com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, que, com suas medidas político-administrativas, permite a introdução do pensamento pré-romântico no Brasil.
No início do século XVIII dá-se a decadência do pensamento barroco, para a qual vários fatores colaboraram, entre eles o cansaço do público com o exagero da expressão barroca e da chamada arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença e atinge em meados do século um estágio estacionário (e até decadente), perdendo terreno para o subjetivismo burguês; o problema da ascensão burguesa superou o problema religioso; surgem as primeiras arcádias, que procuram a pureza e a simplicidade das formas clássicas; os burgueses, como forma de combate ao poder monárquico, começam a cultuar o "bom selvagem", em oposição ao homem corrompido pela sociedade.
Gosto burguês - Assim, a burguesia atinge uma posição de domínio no campo econômico e passa a lutar pelo poder político, então em mãos da monarquia. Isso se reflete claramente no campo social e das artes: a antiga arte cerimonial das cortes cede lugar ao poder do gosto burguês.
Pode-se dizer que a falta de substitutos para o Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos, mortos nos últimos cinco anos do século XVII, foi também um aspecto motivador do surgimento do Arcadismo no Brasil. De qualquer forma, suas características no país seguem a linha européia: a volta aos padrões clássicos da Antigüidade e do Renascimento; a simplicidade; a poesia bucólica, pastoril; o fingimento poético e o uso de pseudônimos. Quanto ao aspecto formal, a escola é marcada pelo soneto, os versos decassílabos, a rima optativa e a tradição da poesia épica. O Arcadismo tem como principais nomes: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, José de Santa Rita Durão e Basílio da Gama.

DIVULGANDO TALENTO...


Meus amigos, sou leitor do Blog Segunda-feira, do meu amigo Ricardo Stumpf, que, em sua última postagem, publicou a poesia "Tais questões", do Poeta, Músico e Estudante de Arquitetura, filho de Vitória da Conquista, Filipe Sampaio. Achei belíssima sua poesia, e, resolvi, por empréstimo, transcrevê-la:



eu não possa fazer.
 

Tais questões

E então tais questões tomaram conta dos meus dias. Questões que não me sossegam, que não se respondem; que flutuam o tempo inteiro nos balões. São questões insolucionáveis!
Meus olhos perderam o foco, ficam bêbados ao horizonte do nada, sempre buscando respostas às questões...
Meus lábios perderam o sabor e agora tem sabor nenhum e ousam sempre sorrir ao horizonte do nada, sempre buscando respostas às questões...
Minhas mãos perderam a coordenação, vagam inusitadamente pelo meu corpo de horizonte do nada, sempre buscando resposta às questões.
É tão confuso não pensar ou pensar. É tão confuso, tudo tão confuso e tão claro ao mesmo tempo.
Eu queria saber do clima... Você vai sentir minha falta? Tenho medo que um dia chegue e que você não saiba meu nome, para jogarmos de novo.
Acredite, você é mais que uma melodia e mesmo assim eu canto.
Volte atrás, vire-se.
Às vezes me sinto um pouco só e você nunca está, por perto.
Às vezes eu me sinto um pouco exausto de ouvir o som das minhas lágrimas.
Às vezes me estresso quando penso no melhor dos dias que se passaram.
Às vezes eu sinto um pouco de medo e então vejo o seu olhar.
De vez em quando eu caio em prantos.
Às vezes eu me sinto um pouco sem ar e sonho com algo selvagem.
De vez em quando eu preciso de ajuda e me deito como criança sem seus braços.
Às vezes me sinto um pouco com raiva e sei que tenho que sair e chorar.
E eu preciso de você essa noite, eu preciso de você mais do que nunca e se você simplesmente me abraçar forte, nós ficaremos abraçados para sempre. E estaremos somente fazendo o certo porque nunca estaremos errados. Juntos nós poderemos levar isso até o limite por que seu amor é como uma sombra sobre mim o tempo todo.
Eu não sei o que fazer, estou sempre no escuro, estamos vivendo em um barril de pólvora e soltando faíscas e eu realmente preciso de você esta noite. A eternidade começou hoje à noite.
"Era uma vez... eu me apaixonei" e agora estou simplesmente desabando. Não há nada que eu possa fazer.
Durante algum tempo houve luz na minha vida e agora só há amor obscurecido.
Nada que eu possa dizer.
Às vezes eu sei que você nunca será a pessoa que sempre quis ser.
Às vezes sei que você sempre será a única pessoa que me aceita como eu sou.
E então eu sei que não há ninguém no universo tão mágico e maravilhoso quanto você.
Às vezes eu descubro que não há nada melhor e não há nada que eu não possa fazer.


Filipe Sampaio

CURTAS...




LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO...


Um homem ainda não identificado pela polícia foi assaltado enquanto roubava o carro de um casal, na noite deste domingo (17), na zona norte de Porto Alegre. Um publicitário de 20 anos, acompanhado de sua namorada, estacionava sua Ecosport prata na rua Benno Mentz, no bairro Itu Sabará, quando um homem armado com um revólver 38 rendeu o casal. Durante a abordagem, um Prisma escuro se aproximou e três homens armados abordaram as vítimas e, junto com elas, o primeiro ladrão. A Ecosport do casal e o revólver do assaltante foram levados. Assustado, este último fugiu a pé: ladrão que rouba ladrão...


LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO...
Parte II


Meus amigos, com a campanha do desarmamento pagando de R$ 100,00 a R$ 300,00 por arma, será muito interessante ver esta cena:
- Mãos ao alto, é um assalto ! Me dê sua arma, mais nada... agora se manda seu ladrão safado, e, não olhe pra trás, vagabundo !

 


NAU À DERIVA (Brigue imundo)


Caros leitores, em menos de quinze dias as embarcações  (ferryboats) que fazem a travessia Salvador x Ilha de Itaparica, Itaparica x Salvador, encalhou e ficou à deriva, Maria Bethânia e Ivete Sangalo, respectivamente (qualquer semelhança é mera coincidência !), sem contar com os atrasos e a sujeira. A TWB, administradora, não tem competência para gerir, isso está mais que comprovado ! Imaginem se a TWB fosse uma companhia aérea ! Será que o estado terá que retomar a operação do sistema ?!




ÊITA JOÃOZINHO ! 


O prefeito João Henrique entrou com uma representação na Defensoria Pública contra o aumento de 10,16% e 9,97% para consumidores de alta e baixa tensões, respectivamente, da tarifa de energia elétrica, acima da inflação. Reiterou o compromisso de que, enquanto ele for prefeito de Salvador, os Shoppings não irão cobrar estacionamento dos clientes. Depois de tantas trapalhadas e de um 2010 vermelho, Joãozinho tenta fazer a média com os que o reelegeram... enquanto isso, nada do Tribunal de Contas.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

2.° MÊS DO BLOG...



Caros leitores, hoje, 18 de abril, nosso blog está completando dois meses de existência - sinceramente, estou surpreso com tamanha repercussão - tenho recebido mensagens de todos os cantos, a quantidade de acessos me surpreende a cada semana. Agradeço a todos vocês a atenção e o carinho dispensados, reiterando o compromisso de melhorarmos ainda mais nosso veículo de interação. Um grande abraço.

ACESSOS - 699

Brasil – 662; EUA – 12; Chile – 9; México – 3; Portugal – 3; Cingapura – 2; Emirados; Árabes Unidos – 1; Alemanha – 1; Dinamarca – 1; Espanha – 1.

Obrigado.
Thanks.
Gracias.
Terima Kasih.
شكرا.
Dank.
Tak.

domingo, 17 de abril de 2011

AVE, FRANS...

Meus amigos, há tempos – desde quando fui “apresentado” pelo meu cumpade Raimundo Carvalho, faz uns 15 anos – que admiro a obra do pintor, escultor, fotógrafo e artista plástico Polonês, Frans Krajcberg, radicado desde 1972, no sul da Bahia, município de Nova Viçosa, onde mantém seu ateliê no Sítio Natura. Em comemoração aos 90 anos de Krajcberg, o Governo do Estado, expõe algumas de suas obras, 13 esculturas e 16 fotos, na mostra “Grito ! Ano Mundial da Árvore”. Neste domingo fui conferir e fiquei maravilhado: IMPERDÍVEL !


Período: de 08 de abril a 05 de junho de 2011
Local: Sala de Arte Contemporânea do Palacete das Artes Rodin 
Bahia - Rua da Graça, 284, Graça, Salvador, Bahia
Horários: Terça a sexta das 10h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h.
Preço: Gratuito
Informações:
http://www.palacetedasartes.ba.gov.br


CURTAS...

ÊITA, AÉCIO NEVES !




O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve sua carteira de habilitação apreendida por estar vencida e também se recusou a fazer o teste do bafômetro ao ser parado numa bliz da Lei Seca na madrugada deste domingo (17), no Rio de Janeiro.




ABRIL VERMELHO




Caros leitores, hoje, 17-04-11, faz 15 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, quando dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do estado do Pará, comandados pelos Majores Mário Collares Pantoja e José Maria Pereira de Oliveira, que foram condenados a 228 anos de reclusão, mas continuam em liberdade devido à sucessivos recursos. Invasões à 40 fazendas na Bahia, sede do Incra e da Secretaria da Agricultura e Reforma Agrária do Estado, mostram a insatisfação do MST pela impunidade dos responsáveis pelo massacre e pela falta de rumo da política fundiária no país.

VIAJANDO NA LITERATURA BRASILEIRA




O Barroco




No Brasil, tem seu marco inicial em 1601, com a publicação do poema épico "Prosopopéia", de Bento Teixeira, que introduz definitivamente o modelo da poesia camoniana em nossa literatura. Estende-se por todo o século XVII e início do XVIII.

Embora o Barroco brasileiro seja datado de 1768, com a fundação da Arcádia Ultramarina e a publicação do livro "Obras", de Cláudio Manuel da Costa, o movimento academicista ganha corpo a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos. Este fato assinala a decadência dos valores defendidos pelo Barroco e a ascensão do movimento árcade.O termo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos de 1600 e início dos anos de 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.

Antes do texto de Bento Teixeira, os sinais mais evidentes da influência da poesia barroca no Brasil surgiram a partir de 1580 e começaram a crescer nos anos seguintes ao domínio espanhol na Península Ibérica, já que é a Espanha a responsável pela unificação dos reinos da região, o principal foco irradiador do novo estilo poético.

O quadro brasileiro se completa no século XVII, com a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em conseqüência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar

Uma das principais referências do barroco brasileiro é Gregório de Matos Guerra, poeta baiano que cultivou com a mesma beleza tanto o estilo cultista quanto o conceptista (o cultismo é marcado pela linguagem rebuscada, extravagante, enquanto o conceptismo caracteriza-se pelo jogo de idéias, de conceitos. O primeiro valoriza o pormenor, enquanto o segundo segue um raciocínio lógico, racionalista)

Na poesia lírica e religiosa, Gregório de Matos deixa claro certo idealismo renascentista, colocado ao lado do conflito (como de hábito na época) entre o pecado e o perdão, buscando a pureza da fé, mas tendo ao mesmo tempo necessidade de viver a vida mundana. Contradição que o situava com perfeição na escola barroca do Brasil.

Antônio Vieira - Se por um lado, Gregório de Matos mexeu com as estruturas morais e a tolerância de muita gente - como o administrador português, o próprio rei, o clero e os costumes da própria sociedade baiana do século XVII - por outro, ninguém angariou tantas críticas e inimizades quanto o "impiedoso" Padre Antônio Vieira, detentor de um invejável volume de obras literárias, inquietantes para os padrões da época.

Politicamente, Vieira tinha contra si a pequena burguesia cristã (por defender o capitalismo judaico e os cristãos-novos); os pequenos comerciantes (por defender o monopólio comercial); e os administradores e colonos (por defender os índios). Essas posições, principalmente a defesa dos cristãos-novos, custaram a Vieira uma condenação da Inquisição, ficando preso de 1665 a 1667.

A obra do Padre Antônio Vieira pode ser dividida em três tipos de trabalhos: Profecias, Cartas e Sermões.

As Profecias constam de três obras: "História do futuro", "Esperanças de Portugal" e "Clavis Prophetarum". Nelas se notam o sebastianismo e as esperanças de que Portugal se tornaria o "quinto império do Mundo". Segundo ele, tal fato estaria escrito na Bíblia. Aqui ele demonstra bem seu estilo alegórico de interpretação bíblica (uma característica quase que constante de religiosos brasileiros íntimos da literatura barroca). Além, é claro, de revelar um nacionalismo megalomaníaco e servidão incomum.

O grosso da produção literária do Padre Antônio Vieira está nas cerca de 500 cartas. Elas versam sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, sobre a Inquisição e os cristãos novos e sobre a situação da colônia, transformando-se em importantes documentos históricos.

O melhor de sua obra, no entanto, está nos 200 sermões. De estilo barroco conceptista, totalmente oposto ao Gongorismo, o pregador português joga com as idéias e os conceitos, segundo os ensinamentos de retórica dos jesuítas. Um dos seus principais trabalhos é o "Sermão da Sexagésima", pregado na capela Real de Lisboa, em 1655. A obra também ficou conhecida como "A palavra de Deus". Polêmico, este sermão resume a arte de pregar. Com ele, Vieira procurou atingir seus adversários católicos, os gongóricos dominicanos, analisando no sermão "Por que não frutificava a Palavra de Deus na terra", atribuindo-lhes culpa.

ME ARVORANDO... (PARTE IX)
























BONECA DE PANO


Triste
Sem vida
Destino
Sem planos
Boneca de Pano

Simples
Perdida
Querida
Sem sonhos
Boneca de Pano

Carne
Desejo
Verdade
Sofrimento tamanho
Boneca de Pano

Vida
Perdida
Resgate
Proponho
Boneca de Pano

Perdão
Carinho
Abraço
Aperto risonho
Boneca de Pano

Paz
Familia
Amor sem tamanho
Boneca
Menina
Boneca de Pano



Adriano Araújo

domingo, 10 de abril de 2011

ESTAÇÃO INFERNO...




Meus amigos, utilizar o sistema de transporte na Estação Pirajá tem sido uma via crucis para a população soteropolitana. Além de ônibus lotados, a sujeira e o abandono são as marcas do descaso por parte da prefeitura. A Transalvador - responsável pela administração do local - não se manifesta, e, certamente, não tem noção da situação: banheiros fétidos e destruídos, lixo por toda parte, ratos e baratas, ambulantes desorientados, quantidade de linhas insuficiente e filas enormes. É preciso que a Transalvador intervenha, urgentemente, o caos está instalado. Com a palavra a prefeitura de Salvador.


VIAJANDO NA LITERATURA BRASILEIRA...

O estudo sobre as origens da literatura brasileira deve ser feito levando-se em conta duas vertentes: a histórica e a estética. O ponto de vista histórico orienta no sentido de que a literatura brasileira é uma expressão de cultura gerada no seio da literatura portuguesa. Como até bem pouco tempo eram muito pequenas as diferenças entre a literatura dos dois países, os historiadores acabaram enaltecendo o processo da formação literária brasileira, a partir de uma multiplicidade de coincidências formais e temáticas.
A outra vertente (aquela que salienta a estética como pressuposto para a análise literária brasileira) ressalta as divergências que desde o primeiro instante se acumularam no comportamento (como nativo e colonizado) do homem americano, influindo na composição da obra literária. Em outras palavras, considerando que a situação do colono tinha de resultar numa nova concepção da vida e das relações humanas, com uma visão própria da realidade, a corrente estética valoriza o esforço pelo desenvolvimento das formas literárias no Brasil, em busca de uma expressão própria, tanto quanto possível original
Em resumo: estabelecer a autonomia literária é descobrir os momentos em que as formas e artifícios literários se prestam a fixar a nova visão estética da nova realidade. Assim, a literatura, ao invés de períodos cronológicos, deverá ser dividida, desde o seu nascedouro, de acordo com os estilos correspondentes às suas diversas fases, do Quinhentismo ao Modernismo, até a fase da contemporaneidade.
Duas eras - A literatura brasileira tem sua história dividida em duas grandes eras, que acompanham a evolução política e econômica do país: a Era Colonial e a Era Nacional, separadas por um período de transição, que corresponde à emancipação política do Brasil. As eras apresentam subdivisões chamadas escolas literárias ou estilos de época.
A Era Colonial abrange o Quinhentismo (de 1500, ano do descobrimento, a 1601), o Seiscentismo ou Barroco (de 1601 a 1768), o Setecentismo (de 1768 a 1808) e o período de Transição (de 1808 a 1836). A Era Nacional, por sua vez, envolve o Romantismo (de 1836 a 1881), o Realismo (de 1881 a 1893), o Simbolismo (de 1893 a 1922) e o Modernismo (de 1922 a 1945). A partir daí, o que está em estudo é a contemporaneidade da literatura brasileira.

O Quinhentismo 

Esta expressão é a denominação genérica de todas as manifestações literárias ocorridas no Brasil durante o século XVI, correspondendo à introdução da cultura européia em terras brasileiras. Não se pode falar em uma literatura "do" Brasil, como característica do país naquele período, mas sim em literatura "no" Brasil - uma literatura ligada ao Brasil, mas que denota as ambições e as intenções do homem europeu.
No Quinhentismo, o que se demonstrava era o momento histórico vivido pela Península Ibérica, que abrangia uma literatura informativa e uma literatura dos jesuítas, como principais manifestações literárias no século XVI. Quem produzia literatura naquele período estava com os olhos voltados para as riquezas materiais (ouro, prata, ferro, madeira, etc.), enquanto a literatura dos jesuítas se preocupava com o trabalho de catequese.
Com exceção da carta de Pero Vaz de Caminha, considerada o primeiro documento da literatura no Brasil, as principais crônicas da literatura informativa datam da segunda metade do século XVI, fato compreensível, já que a colonização só pode ser contada a partir de 1530. A literatura jesuítica, por seu lado, também caracteriza o final do Quinhentismo, tendo esses religiosos pisado o solo brasileiro somente em 1549.
A literatura informativa, também chamada de literatura dos viajantes ou dos cronistas, reflexo das grandes navegações, empenha-se em fazer um levantamento da terra nova, de sua flora, fauna, de sua gente. É, portanto, uma literatura meramente descritiva e, como tal, sem grande valor literário
A principal característica dessa manifestação é a exaltação da terra, resultante do assombro do europeu que vinha de um mundo temperado e se defrontava com o exotismo e a exuberância de um mundo tropical. Com relação à linguagem, o louvor à terra aparece no uso exagerado de adjetivos, quase sempre empregados no superlativo (belo é belíssimo, lindo é lindíssimo etc.)
O melhor exemplo da escola quinhentista brasileira é Pero Vaz de Caminha. Sua "Carta ao El Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil", além do inestimável valor histórico, é um trabalho de bom nível literário. O texto da carta mostra claramente o duplo objetivo que, segundo Caminha, impulsionava os portugueses para as aventuras marítimas, isto é, a conquista dos bens materiais e a dilatação da fé cristã
Literatura jesuíta - Conseqüência da Contra-Reforma, a principal preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese, objetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na poesia quanto no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro. Além da poesia de devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter pedagógico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos superiores na Europa sobre o andamento dos trabalhos na colônia.
Não se pode comentar, no entanto, a literatura dos jesuítas sem referências ao que o padre José de Anchieta representa para o Quinhentismo brasileiro. Chamado pelos índios de "Grande Piahy" (supremo pajé branco), Anchieta veio para o Brasil em 1553 e, no ano seguinte, fundou um colégio no planalto paulista, a partir do qual surgiu a cidade de São Paulo.
Ao realizar um exaustivo trabalho de catequese, José de Anchieta deixou uma fabulosa herança literária: a primeira gramática do tupi-guarani, insuperável cartilha para o ensino da língua dos nativos; várias poesias no estilo do verso medieval; e diversos autos, segundo o modelo deixado pelo poeta português Gil Vicente, que agrega à moral religiosa católica os costumes dos indígenas, sempre com a preocupação de caracterizar os extremos, como o bem e o mal, o anjo e o diabo.

CURTAS...

ALMA FEMININA

Após reconhecer a inegável capacidade organizacional feminina, analisei e cheguei a uma conclusão:
- Elas podem executar todas as tarefas ao mesmo tempo, desde que entre elas não tenha um controle remoto !







E SE FOSSE NO BRASIL ?!



Homem escapa da prisão duas vezes após sua mulher enviar fax falso ordenando sua libertação

Se deu certo da primeira vez, por que não tentar uma segunda?
A polícia espanhola prendeu um homem que, por duas vezes, conseguiu escapar da prisão após sua mulher enviar faxes falsos ordenando sua libertação.

Jose Carlos Serna, 57 anos, foi encontrado escondido em um sofá esburacado em sua casa em San Lorenzo del Escorial, a norte de Madri, informa o jornal "Daily Telegraph".

Ele escapou em dezembro de 2010, quando estava em uma cela do tribunal de Arganda del Rey aguardando julgamento quando os policiais supostamente receberam um fax de um tribunal regional.

Após o fax, seguiu-se um telefonema supostamente de um funcionário judicial, corroborando a ordem de soltura.

Os oficiais tentaram verificar a veracidade do documento, mas as ligações não foram respondidas. Quando uma segunda chamada foi recebida confirmando a soltura de Serna, ele foi liberado para um táxi que o esperava.

A polícia disse que Serna usou o mesmo truque para escapar da prisão de Valdemoro em outubro.

Fica a dúvida: o criminoso que é esperto ou a polícia que não é ?




O BOM E VELHO BIGUÁ !!


Lábia, na língua portuguesa significa a arte de iludir com palavreado astucioso. Aprofundando-me na etimologia da palavra – num papo com meu amigo Rinaldo – fui informado que se trata de uma palavra Veneziana, onde se pronuncia Labía, como Turquia aqui.
Labía em Veneza é um grande Pallazzo, residência de nobres, talvez extintos, cujo um dos membros era famoso pelos seus exageros. Em seu Palazzo, a sala de jantar dava para um canal que passava ao lado. Ele, pra parecer muito rico, comia com talheres de ouro, exibia suas melhores faianças e cristais quando recebia os comensais, que, ao término das refeições, lançavam todos os talheres e outros utensílios no canal. Contudo, logo que os convidados partissem, ele obrigava seus empregados a mergulharem no canal e recuperarem todos os objetos lançados, por este motivo boa lábia é boa enganação...  o bom e velho biguá, em nosso dialeto, baianês.