quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LANÇAMENTO...



Caros amigos, foi lançado hoje, 16 de novembro de 2011 - em formato E-book - o mais novo livro do meu amigo, o escritor Ricardo Stumpf Alves de Souza, do qual tive a honra criar e desenhar a capa e assinar a contracapa. Para ter acesso ao livro, é só acessar o site www.biblioteca24horas.com. Vale apena conferir, parabéns Ricardo por mais essa conquista.

sábado, 12 de novembro de 2011

HISTÓRIAS DO CEARÁ...


COMPLEXO CULTURAL DRAGÃO DO MAR


Caros leitores, resolvi conhecer um pouco sobre a cultura e história deste estado, Ceará, que estou aprendendo a gostar, sobretudo Fortaleza, onde estou trabalhando, e, comecei pelo Centro Cultural Dragão do Mar. Um local de entretenimento, fantástico, onde a diversidade é a característica maior, e tive uma grande surpresa:

“Dragão do Mar” foi a expressão escolhida pelo o escritor e jornalista Aluísio de Azevedo para homenagear um trabalhador portuário de Fortaleza durante a campanha abolicionista. Seu nome era Francisco José do Nascimento, também conhecido por Chico da Matilde, morador das imediações onde hoje está o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A área compreendia a Praia do Peixe e a Ladeira da Prainha. Até o final do século XIX, residiam no local pescadores e pequenos agricultores em choupanas, que garantiam sua sobrevivência pelo trabalho na pequena lavoura (roçado), pesca artesanal, coleta de frutos e outras atividades de subsistência. Em sua casa, no início da década de 1880, Francisco José do Nascimento escondeu escravos foragidos.




O nascimento
Francisco José do Nascimento nasceu no dia 15 de abril de 1839, na Praia de Canoa Quebrada, vila do Aracati. Parte de sua infância foi vivida ali, próximo ao antigo Porto das Barcas, às margens do Rio Jaguaribe. Mulato, filho do jangadeiro Manoel do Nascimento e de Maria Matilde da Conceição, o apelido Chico da Matilde surge como referência à figura da mãe. Aos oito anos de idade, foi trabalhar como “menino de recado” a bordo do vapor Tubarão. A atividade surge após a morte de seu pai no Amazonas, quando sua mãe, sem maiores condições, confiou a vida do filho ao Comendador José Raimundo de Carvalho, dono de barcos que atracavam no Porto do Aracati. Vivenciando desde cedo o cotidiano das atividades portuárias, Francisco do Nascimento logo conheceu a realidade do tráfico de escravos.


Libertação

As ações de Francisco José do Nascimento em prol da libertação dos escravos começaram no dia 30 de agosto de 1881, aos 42 anos de idade, quando liderou a paralisação dos condutores de pequenas embarcações na zona portuária de Fortaleza, com a ordem para que nenhum jangadeiro ou trabalhador do mar transportasse escravos entre o molhe (ponte de embarque) e os navios.
Durante o estopim da greve, Francisco José do Nascimento exercia a função de segundo-prático. Na atividade, orientava por meio de sinais os comandantes próximos à costa, evitando que encalhassem ou que colidissem seus navios. Além desse cargo, ele possuía duas jangadas, com as quais cobrava frete para embarcar e desembarcar pessoas e mercadorias entre o molhe de embarque e os vapores. Era também o encarregado das embarcações do Comendador Luís Ribeiro da Cunha, cargo que perdeu como conseqüência por liderar a paralisação. Logo após a demissão, os abolicionistas da “Sociedade Cearense Libertadora” o convidaram para participar da entidade.
Conta o historiador Pedro Alberto de Oliveira Silva que a Sociedade Cearense Libertadora estimulou os trabalhadores portuários de Fortaleza a realizarem as greves dos dias 27, 30 e 31 de janeiro, e do dia 30 de agosto de 1881. A primeira, ocorrida no início daquele ano, foi encabeçada por José Luís Napoleão, negro que comprou a própria alforria. Francisco José do Nascimento não teve envolvimento nessa paralisação.
No entanto, foi durante a sua participação no Congresso Abolicionista, realizado em Maranguape, no dia 26 de maio de 1881, que ele se sensibilizou com a causa pela libertação dos escravos. Semelhante às realidades de Sobral, Quixeramobim, S. Bernardo de Russas e Fortaleza, Maranguape esteve entre as cidades e vilas cearenses com maior número de escravos, em torno de 2.300. Sua economia se afirmava nos engenhos de cana-de-açúcar, somando-se às atividades predominantes na Província do Ceará, baseadas no cultivo do algodão e na pecuária
bovina
Eventos como a Congresso Abolicionista e as greves dos jangadeiros contribuíram para o crescimento da campanha abolicionista na Província do Ceará, com o aumento do número de alforrias entre os anos de 1881 e 1884. A fundação de núcleos abolicionistas em diversas vilas e cidades cearenses contribuiu para esse fim. Em Fortaleza, além da Sociedade Cearense Libertadora (1880), outras agremiações se empenharam no mesmo propósito, como a
“Perseverança e Porvir” (1879), o “Centro Abolicionista” (1883) e o grupo das “ Cearenses Libertadoras” (1884).
Entre seus participantes, as entidades abolicionistas congregaram mulheres, jovens, comerciantes, intelectuais, caixeiros, operários, pequenos agricultores, mestiços, negros libertos, autoridades públicas e outros segmentos sociais dedicados a atividades variadas, com o objetivo comum de libertar os escravos. Entre as ações, destacaram-se a arrecadação de donativos, os bingos, os discursos em praça pública, as quermesses, a facilitação da fuga e a criação de esconderijos para negros fugitivos. O prestígio dos abolicionistas cearenses cresceu a ponto de receberem a visita de José do Patrocínio, um dos líderes do movimento no Rio de Janeiro, em 30 de novembro de 1882. 

Alforria
No dia 1º de janeiro de 1883, na Vila do Acarape, atual município de Redenção, abolicionistas e vereadores da Câmara da localidade alforriaram todos os trabalhadores cativos. A partir desse momento, jornais cearenses da época, como o Libertador, Gazeta do Norte, Cearense, Pedro II e a Constituição, passaram a noticiar ações realizadas dia-a-dia por núcleos antiescravistas espalhados pela capital e interior. Um ano depois, em 25 de março de 1884, o Presidente da Província, Sátiro de Oliveira Dias, e os deputados da Assembléia Provincial do Ceará declararam libertos todos os escravos.
Após a abolição no Ceará, o movimento antiescravista local se prontificou a divulgar o acontecimento. Levar a notícia ao Imperador Pedro II seria um forte apelo em prol do fim da escravidão no Brasil. Para tanto, os abolicionistas cearenses resolveram que a jangada Liberdade de Francisco José do Nascimento seria conduzida até a Corte, no convés do vapor negreiro Espírito Santo. De Fortaleza, partiram rumo ao Rio de Janeiro, chegando ao destino em maio de 1884. Puxada a tração animal pelas ruas da cidade, a jangada Liberdade desfilou sob os aplausos de uma multidão e noticiada pelos jornais cariocas. Sobre ela, Francisco José do Nascimento foi homenageado. Diante da repercussão, o escritor e jornalista Aluísio de Azevedo o reverenciou como Dragão do Mar.

Medalha
Atendendo ao apelo dos cariocas, o Imperador recebeu Francisco José do Nascimento e outros abolicionistas cearenses. A Sociedade Abolicionista os condecorou com a sua medalha. Esses acontecimentos tiveram repercussão pelos jornais do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras, tendo contribuído para criar a imagem do jangadeiro antiescravista, o herói popular da abolição. A fama do Dragão do Mar correu o Brasil e algumas cidades do mundo durante os quatro anos que separaram a libertação dos escravos no Ceará e o 13 de maio de 1888, quando os escravos se tornaram livres por lei no Brasil.
A luta em prol da abolição da escravatura foi além do que se observou na campanha abolicionista. A formação de quilombos, as fugas, as emboscadas contra os capitães-do-mato, os levante nas senzalas, entre outras práticas, expressavam a vontade dos negros em conquistar a sua liberdade. Quanto à participação de Francisco José do Nascimento, deve se levar em conta o seu desejo e de outras pessoas pertencentes às camadas populares pelo fim da exploração dos cativos. Sua atitude fez a história dos jangadeiros abolicionistas e seu instrumento de resistência: a jangada atracada, sem embarcar escravos.

Abolição
Após a abolição dos cativos no Brasil, os negros libertos ficaram alheios às políticas públicas de inclusão social. Os ex-abolicionistas, ligados às elites, se ocuparam com outros movimentos da época, sobretudo, a implantação da República, proclamada no dia 15 de novembro de 1889. Por seu reconhecimento público, em 1890, Francisco José do Nascimento recebeu a patente de major-ajudante da Guarda Nacional, aparecendo em meio às agitações políticas e sociais de dois momentos no início do regime republicano.
No primeiro deles, ele foi simpático ao levante armado contra o chefe do governo no Ceará, Gal. Clarindo de Queirós, que resistia à sucessão entre os presidentes militares Deodoro da Fonseca e
Floriano Peixoto. Esse movimento teve o apoio de João Cordeiro (ex-abolicionista) e Nogueira Accioly. O incidente levantou suspeita em torno dos ideais de liberdade e justiça defendidos no passado pelo “Dragão do Mar”.
A segunda aparição pública de Francisco Nascimento ocorreu em 03 de janeiro de 1904, quando ele presenciou o Batalhão de Polícia atirar contra seus colegas do porto, os catraieiros, a mando do governador Pedro Borges, ligado à família Accioly. Favorável aos manifestantes, o “Dragão do Mar” condenou o alistamento forçado dos trabalhadores do porto à Marinha de Guerra.
Depois desses acontecimentos, Francisco José do Nascimento foi pouco lembrado. Ele ficou esquecido até o dia 05 de março de 1914, quando morreu. Os últimos momentos da vida do Dragão do Mar foram marcados por enfermidade e privações. Contudo, sua trajetória de vida o tornou um dos símbolos da resistência popular contra as injustiças sociais. A imagem do Dragão do Mar é um dos ícones do Patrimônio Cultural Cearense.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

COMO FICA O POVO ?!



É incrível a relação de domínio e submissão na maioria dos municípios brasileiros, entre Prefeituras e População. Ao invés de prover o desenvolvimento comercial, gerando empregos e uma população independente do funcionalismo público, as Prefeituras mantêm o sistema alienatário e interdependente, capaz de segregar a população, que, criando grupos político-sociais defendem seus próprios interesses em detrimento ao bem comum. Criou-se um ciclo vicioso e uma economia subdesenvolvida. Comerciantes locais são perseguidos, caso não estejam aliados ao grupo eleito, pessoas tornam-se inimigas umas das outras, e, quem ganha com isso é o tal sistema. Grandes exemplos disso são as cidades de São Francisco do Conde e Rio de Contas, Recôncavo e Chapada Diamantina, respectivamente. As pessoas digladiam em praça pública em época de eleição. A simples cogitação de uma pré-candidatura já é assunto discutido nos bares e casas. Decerto que não fazer parte do sistema não quer dizer ser alienado, carola, como diria um amigo. É preciso que a população entenda que a decisão está em suas mãos e isso deve ser usado para o crescimento e desenvolvimento da cidade e de seu povo e não para beneficiar grupos. Vamos acabar com esse comportamento provinciano e lutar pelo bem comum: uni-vos !

TRISTE BAHIA...

Caros leitores, recebi este e-mail do meu tio Júlio César e resolvi publicá-lo em nosso blog:




CARNAVAL DO APARTHEID


"Faturamento de um camarote de carnaval: R$ 14,4 milhões. Taxa que paga à prefeitura: R$10,58. Ser empresário de bloco ou camarote no Carnaval,na Bahia, não tem preço!

Números reveladores do Carnaval da Bahia, foram publicados na Revista da Metrópole desta sexta:

O bloco Camaleão fatura, sozinho, apenas com a venda de abadás, R$ 6,65 milhões.
O Me Abraça fatura R$ 5,4 milhõesdo mesmo jeito, fora patrocínios.
O Corujas fatura 4,94 milhões.

Tudo isso em apenas três dias.
Já os camarotes faturam assim:
O do Reino, R$ 7,2 milhões;
Nana Banana, R$ 6,2 milhões;
Camarote Salvador, R$ 14,4 milhões.
Tudo isso fora os patrocínios.

Mas, por outro lado, sabem quanto um empresário paga de taxa à Prefeitura para montar um camarote no circuito do Carnaval ?
R$ 10,58 de taxa inicial e mais 42,34 por metro quadrado. Uma pechincha. Um achado. Uma oportunidade da China. Ou seja, os empresários não bancam, nem de longe, o custo da festa.
Então, quem banca? O Governo do Estado e a Prefeitura investem R$ 30 milhões para colocar polícia na rua, realizar a limpeza, montar e desmontar toda infra-estrutura, pagarequipes de saúde, etc, etc, etc.

Porém lembrem-se: o dinheiro do Governo do Estado e da Prefeitura sai do nosso bolso.
E considerando que pesquisa divulgada recentemente no A Tarde constatou que 76% da população de Salvador não pula carnaval, e mesmo os 24% que pulam ficam espremidos entre tapumes e cordas de blocos, bancar essa festa imensa com dinheiro público fica mais injusto ainda. Tá na hora dessa conta mudar de mãos: quem fatura com o Carnaval é que tem que bancar a festa.
Eu gostaria muito de saber a opinião dos que criticam o Bolsa Família como uma “esmola que deixa o povo dependente do governo” para saber o que eles acham dessa “superesmola” que dá lucro absurdo a empresas e mais empresas no carnaval, às custas dos investimentos públicos.

Tudo precisa ser mudado.
Quer fazer Carnaval, faça para o povo baiano também!...

Em tempo: a Daniela Mercury ficou revoltada com a Prefeitura porque não atenderam ao seu pedido de elevar a altura dos fios da rede eletrica; segundo ela, o seu novo trio ficou um pouco mais alto o que colocaria sua vida em risco; o custo desse pedido, só no circuito da Barra seria de mais de 3 milhões de reais;
já comprou seu abadá do próximo carnaval? Não? Então corra que está acabando!...


ENQUANTO ISSO!!!...

O hospital Martagão Gesteira declara que a Prefeitura de Salvador há dois meses não recebe uma dívida de R$ 2 milhões e o hospital corre o risco de fechar este mês e 700 crianças ficarão sem tratamento, mas para o carnaval nos bairros da Barra-Ondina foram gastos sem titubear R$ 60 milhões  pelos gestores municipal e estadual.
O carnaval é prioritário, a saúde não!

WELCOME, BIXINHA...



Caros amigos, estou em Fortaleza faz 50 dias, e, no final de semana passado, recebi a visita da minha tia Tenilda Valverde.
Mostrei pra ela as belezas dessa cidade que cada dia me encanta mais.
Fomos à Praia do Futuro, na barraca Crocobeach, passeamos na beira-mar todos os dias e nos divertimos no Complexo Cultural Dragão do Mar.
É incrível como não conhecia minha tia. Aliás, conhecia a tia, mas, a pessoa, o ser humano, seus pensamentos e projetos (são muitos) só conheci, realmente, nesta visita. Nos tornamos grandes amigos e eu passei a entendê-la e admirá-la.
Obrigado por tudo minha amiga Xinha.
Como você costuma dizer:

- Foi show de bola !

Te amo !

CURTAS...



A CASA DOS BUDAS DITOSOS

Caros leitores, no começo do ano que vem, o cineasta Bruno Barreto começará as gravações do longametragem a Casa dos Budas Ditosos, que será protagonizado pela atriz Sônia Braga. A Adaptação da obra de João Ubaldo Ribeiro está sendo feita pelo próprio autor em parceria com o escritor Geraldo Carneiro. É aguardar e conferir !



OS TRÊS MOSQUETEIROS

Meus amigos, fui ao cinema, pela primeira vez, assistir a um filme em 3D. Fiquei muito entusiasmado com esta tecnologia. O filme americano, Os Três Mosqueteiros, ajudou muito, tinha muita ação e cenas explosivas, dando-me a sensação de estar participando diretamente do filme. O longa é mais um desses filmes de ação, com muitos efeitos especiais e muita diversão: em 3D valeu apena assistir !



BANCO DE DADOS

Li na revista ISTOÉ, da semana passada, que o Delegado e Deputado Federal, Fernando Francischini (PSDB-PR), está à frente de uma proposta ousada e polêmica. Ele apresentou um Projeto de Lei que cria um Banco de Dados Nacional sobre Pedófilos. Este Projeto consiste em coletar dados genéticos dos criminosos que abusem sexualmente de menores. Achei a idéia fantástica, assim os criminosos serão identificados e punidos mais rápida e eficaz. Bota a conversa pra frente, Deputado !