terça-feira, 28 de junho de 2011

AVE, ZOFIR BRASIL...


 

 
A fantástica obra de Zofir Brasil


   Zofir Brasil foi um artista riocontense, nascido em 1926 e morto em 1990, que produziu uma extensa obra de arte, feita à partir de objetos do cotidiano, de papel marché e até de coisas consideradas como descartáveis, pela maioria das pessoas.
     O que restou de sua obra está guardado em um casarão do Largo do Rosário, no centro histórico de Rio de Contas, esperando por uma restauração e por condições dignas de exposição, mas pode ser visitada, desde que se faça uma solicitação antecipada a Paulo Roberto,  zelador do seu patrimônio. Para encontrá-lo, pergunte a pessoas da cidade e elas lhe fornecerão o telefone dele.
      A família de Zofir Brasil adquiriu com recursos próprios um imóvel, localizado na mesma praça, para instalação de um museu, mas ainda espera pelo apoio de algum órgão público para concretizar este objetivo, pois sozinha não tem condições de montar o museu, o que ameaça a sobrevivência do acervo.     
     Seu trabalho poderia ser considerado precursor da obra de Vik Muniz feita com material reciclável e exposta no filme Lixo Extraordinário (ver comentário abaixo), indicado para o Oscar como melhor documentário em 2011, com a diferença de ter sido feita numa pequena cidade da Chapada Diamantina, no
 interior da Bahia, longe dos olhos da grande imprensa.                                                                       
     O cineasta Walter Salles esteve em Rio de Contas no ano 2000, filmando seu Abril Despedaçado e se impressionou com sua obra, tendo escrito um artigo na Folha de São Paulo, em 01 de setembro de 2001, intitulado O fabuloso Zofir, mas que até hoje, quase 10 anos depois, só está acessível para assinantes da UOL ou da Folha de São Paulo.
     Sua arte dialoga com o público, através de peças interativas, irônicas e críticas.
     Se for a Rio de Contas, não deixe de visitar

Por Ricardo Stumpf

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