segunda-feira, 12 de março de 2012

UM POEMA PARA ELIS...


Recém-nascida


Teus olhos,
abrem o mundo…
inauguram o destino…

Teu ser…
luz que escavou o ventre em busca do amanhecer,
é a véspera de toda  ventura
o talvez de tudo
uma aurora retirada do mistério.

Passo a passo… e encantada…
ressurgiste na semente peregrina
caminhando como seiva palpitante.
Penetraste nos segredos da criatura
decifrando os idiomas do encanto.
Atravessaste as fronteiras do impasse
e de forma em forma, de reino em reino,
pelas fácies primordiais da vida,
gestada pelo código das espécies
pelo tempo imensurável dos enigmas
e por esse umbilical território da beleza… tu chegaste!

Retornas com o véu do esquecimento
desterrando sombras
e anunciando a esperança.
E agora já és promessa e reencontro,
um botão se entreabrindo num parto de louvores
e assim…eis  a rosa…
a rosa amanhecida
a flor… enfim…
a flor imprescindível.
Teus olhos corolas cristalinas de ternura
âncoras da luz e do silêncio,
são retratos adormecidos de outras eras
sóis  que acordarão novas primaveras
cantiga antecipada de  lirismo
invadindo a aldeia da minha melancólica poesia.

Dádiva perfeita
viandante de todos os caminhos
filha  milenar do tempo e das estrelas…
o meu amor apenas germinou teus passos
e construirá contigo um caminho para o sol.



Manoel de Andrade

3 comentários:

  1. Que lindo. Parabéns. Ronald

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  2. Grande Ronald.

    Obrigado pela sua participação meu amigo.

    Grande abraço

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  3. Adriaaaaaaaanooo! Tô vivo e tô te vendo! Abraço com saudade, Nilton.

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