Caros amigos, não é possível passear pela música popular brasileira sem citar alguma canção de Caetano Veloso: é maravilhoso o legado do leonino santamarense. Não preciso pormenorizar sua história, citar suas músicas ou relembrar o exílio em Londres, isso já está mais que batido. Como grande fã, tenho quase todos os discos do ex-anjo rebelde, exceto, os dois últimos, sem poesia, acompanhado por uma banda de garagem, como se fora um roqueiro dos anos 70 / 80, nem sei ao certo, usando calça Lee: um Mick Jagger tupiniquim. Desde o Noites do Norte, onde ainda consegui ver e ouvir algo interessante, que não acompanho suas canções lendo o libreto (encarte) que acompanha cada cd, como sempre o fazia. O disco Livro, apesar de ter sido vencedor do Grammy, tem as faixas Não enche e Você é minha, um axé disfarçado e uma breguice, lamentáveis ! Nem vou comentar o A foreign sound...
Para completar, o artista-mor do Recôncavo resolveu ressuscitar canções bregas, com a prepotência de que seu passado o permitisse a gravar qualquer coisa, entre elas, Moça, de Wando e o funk, deprimente, “um tapinha não dói”.
Caetano se tornou um burguês que é artista, essas coisas que dizia o Cazuza, ao invés de se engajar em lutas que valham a sua importância.
Lançou o Verdade Tropical, um livro autobiográfico-filosófico-confuso e resolveu assinar uma coluna dominical num jornal baiano que mostra toda a sua fase atual: a chatice !
É inegável que os grandes artistas da música popular brasileira não compõem como faziam na época da ditadura, que o misantrópico Bolsonaro não me ouça, e, em sua ignorância, acredite que estou fazendo alguma apologia - outro dia falava disso com um amigo – foi-se a inspiração.
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